segunda-feira, 21 de março de 2016

Casa própria: Caixa libera verba e volta a financiar 70% do valor de usados



A Caixa Econômica Federal anunciou nesta terça-feira (8) medidas para tentar facilitar a compra da casa própria, em meio à falta de crédito no mercado. As principais mudanças são:
Liberação de R$ 7 bilhões para a linha chamada de Pró-cotista
Essa linha de crédito financia até 85% do valor do imóvel novo ou usado (para imóveis de até R$ 750 mil), em até 30 anos, com taxa de juros entre 7,85% e 8,85% ao ano.
Esse financiamento usa recursos do Programa Especial de Crédito Habitacional ao Cotista do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
Para contratar, é preciso ter conta ativa no FGTS e um mínimo de 36 contribuições ao fundo, seguidas ou não. Se não tiver conta ativa no FGTS, é preciso que seu saldo total no fundo seja igual ou maior que 10% do valor do imóvel ou da escritura, o que for maior.
Imóveis usados: até 70% ou 80% do valor pode ser financiado
O limite máximo de financiamento de imóveis usados sobe para 80% para servidores públicos e 70% para os demais trabalhadores, nos casos que utilizem recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). 
Esse limite havia sido reduzido de 80% para 50% em abril do ano passado. 
Essas regras não valem para operações usando recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) ou pelo programa "Minha Casa, Minha Vida", informa o banco.
Volta a fazer financiamento do segundo imóvel
A Caixa vai reabrir as operações de financiamento do segundo imóvel com as mesmas condições (taxas de juros e prazos) oferecidas para quem está comprando o primeiro.
Ou seja, quem já tem um contrato de financiamento na Caixa por meio do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) pode tomar um novo crédito dessa mesma linha. Em agosto, o banco havia limitado essa opção.
"Desta forma, o cliente poderá ter dois imóveis financiados ou ter uma folga de tempo para vender o seu primeiro imóvel", afirmou a presidente da Caixa, Miriam Belchior.
Pressão do governo
O governo federal decidiu novamente recorrer à oferta de crédito e aos bancos públicos para tentar impulsionar a economia. No fim de janeiro, o governo anunciou um pacote de crédito de R$ 83 bilhões por meio dos bancos estatais, como Caixa, Banco do Brasil e BNDES.
Na época, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, afirmou que em momento de restrição de caixa, como o atual, é preciso usar linhas de crédito para fazer ajustes.
"Se existem recursos no sistema financeiro que podem auxiliar esse ajustes, a taxas de mercado, sem criar subsídios adicionais, é um dever do governo utilizar esses recursos mais eficientemente."
Conselho do FGTS liberou recursos
A elevação da oferta crédito para novos empréstimos usará recursos adicionais do Fundo de Garantia.
Do total liberado em fevereiro pelo Conselho Curador do FGTS, a maior parte, R$ 16,1 bilhões, será destinada à Caixa.
Com a medida, o banco pretende aumentar a oferta de crédito para a casa própria e estimular o setor de construção, que vem sofrendo com a crise e cortando empregos.
"Essas medidas têm duplo impacto, uma vez que viabilizam o acesso à moradia para a população e aquecem o segmento da construção civil, gerando mais emprego e renda", disse a presidente da Caixa, Miriam Belchior.
Segundo ela, a expectativa é elevar o volume de contrações em 13% este ano, o equivalente a 64 mil unidades habitacionais a mais, sendo 29,7 mil financiadas com recursos de do FGTS e 34,3 mil pela poupança.
Poupança afeta crédito para a casa própria
O financiamento da casa própria passa por um momento difícil, na medida em que a poupança está perdendo recursos. A caderneta de poupança é a principal fonte de financiamento imobiliário do país, por meio do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo.
No ano passado, os saques da poupança superaram os depósitos em R$ 53,568 bilhões, no pior resultado desde 1995, o que diminui a oferta de recursos para empréstimo imobiliário. 
Com isso, a Caixa, principal banco de financiamento imobiliário do país, e outros bancos enfrentam um cenário difícil, com menos recursos para emprestar nesta modalidade de crédito.

sexta-feira, 18 de março de 2016

Resíduos de madeira na construção: oportunidade ou perigo?


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André Nagalli
Professor-doutor do departamento acadêmico de construção civil da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) nagalli@utfpr.edu.br
Fernanda Polonio Lopes
Estudante de engenharia de produção civil da UTFPR
 fer_low@hotmail.com
Piera Marinho Pereira
Estudante de engenharia de produção civil da UTFPR
 pierampb@yahoo.com.br
Rafaela Miyuki Hamaya
Estudante de engenharia de produção civil da UTFPR
 rafaela_hamaya@yahoo.com.br
Em um país em desenvolvimento como o Brasil, é natural o crescimento da demanda por obras de construção civil, tanto para fins habitacionais como de infraestrutura. Progamas como o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal, linhas de crédito para compra da casa própria e obras para grandes eventos esportivos foram fundamentais para o atual panorama da construção civil no País. Juntamente com o crescimento do mercado da construção civil, agravaram- se os problemas ambientais associados, principalmente no que diz respeito à geração e ao gerenciamento de Resíduos de Construção e Demolição (RCD).
De acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe, 2011), estima-se que, no Brasil, só no ano de 2011, os municípios coletaram mais de 33 milhões de toneladas de RCD, o que representa cerca de 60% de todo o resíduo sólido urbano coletado naquele ano.
O emprego da madeira na construção civil, feito na forma de elementos temporários como fôrmas, escoramentos e andaimes, ou na forma de elementos definitivos como estruturas de coberturas, forros, pisos, esquadrias e acabamentos, gera grande quantidade de resíduos, principalmente considerando que todos os elementos temporários serão posteriormente descartados.
De acordo com Miranda et al. (2009), os resíduos de madeira representam cerca de 31% de todo o volume de resíduo de construção gerado numa obra de um edifício residencial. Se considerada somente a fase de execução estrutural, podem chegar a representar 42% dos resíduos gerados durante o processo em questão.
Apesar de existirem diversas opções para destinação desses resíduos de madeira, muitas vezes a destinação mais adequada não é realizada por ser inviável financeiramente, por problemas de logística ou até por falta de tecnologia para tornar a ideia de destinação viável, resultando numa grande quantidade de resíduos descartada sem tratamento adequado ou sem nenhum tratamento.
Atualmente, com o aumento das demandas ambientais e de ações fiscalizaAtualmente, com o aumento das demandas ambientais e de ações fiscalizatórias, é bastante comum que as construtoras destinem os resíduos de madeira de suas obras como fonte de energia, por exemplo, para queima em olarias. Há casos em que tais resíduos são destinados para queima em pizzarias, restaurantes ou fábricas de alimentos.
Na construção civil, muitos resíduos de madeira gerados estão contaminados por outros materiais, como tintas, graxas, pregos, parafusos e plásticos. Dessa forma, a complexidade em qualificar os contaminantes presentes no material dificulta o processo de beneficiamento, reutilização ou reciclagem. Para amenizar o problema que esses resíduos representam ao meio ambiente, é necessário propor maneiras eficientes de gerenciamento e reaproveitamento.
Diante dessa realidade, este artigo busca contribuir com a caracterização do problema de contaminação de resíduos de madeira associados à construção civil ao analisar amostras provenientes de canteiros de obras na cidade de Curitiba, por meio de levantamentos in loco da madeira a ser descartada.
Método
No intuito de caracterizar os resíduos de madeira de obras de construção civil, foi elaborado um plano de coleta e análise de dados, buscando representatividade das amostras nos canteiros de Curitiba.
Foram analisadas 246 amostras de resíduos de madeira em seis canteiros de obras de edifícios verticais em diferentes fases executivas. As obras analisadas possuem área total construída variando entre 18.000 m² e 81.500 m², duração da obra variando entre dois e cinco anos, número médio de funcionários de 200 a 350, com ou sem certificações ISO 9.001 e do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H).


Figura 1 - Distribuição de amostras tipo simples segundo sua forma original


Figura 2 - Distribuição da quantidade de contaminantes por amostra
As amostras foram caracterizadas quanto às suas dimensões e à presença de contaminantes. Classificaram- se ainda as peças em simples e compostas, considerando-se compostas aquelas amostras que apresentam mais de uma peça, unidas por cola, pinos metálicos etc.
Foram também analisados os locais para armazenamento temporário dos resíduos na obra, as destinações finais voltadas aos resíduos de madeira, tipos de desmoldantes utilizados e levantados os responsáveis pelo sistema de gerenciamento de resíduos. Os detalhes do método de pesquisa estão descritos em Lopes et al. (2013).
Resultados
A seguir, estão apresentadas as análises e interpretações dos resultados encontrados nas amostragens. Na
 tabela 1, são apresentados os percentuais encontrados nos levantamentos de campo, segundo a classificação proposta. "Geral" corresponde à média relativa a todas as amostras.
Depreende-se da análise da tabela 1 que a maior parte dos resíduos de madeira (cerca de 80%) nas obras analisadas refere-se a peças simples, isto é, não estão unidas a outras peças por meio de pinos metálicos, cola etc. Essa informação sugere que há desmontagem das estruturas de madeira, utilizadas como fôrmas e escoras na própria obra, antes de seu armazenamento, o que pode contribuir para uma destinação mais correta.
Do ponto de vista de tipo de peça descartada, pode-se verificar na figura 1 que os painéis compensados representam cerca de 40% do total de resíduos analisados considerados simples. Esse fator pode ser relacionado com a abrangência de utilizações dentro de uma obra para o material citado, como em bandejas de proteção, fôrmas e instalações provisórias. Especificamente na obra A, a quantidade de painéis compensados representou uma porcentagem bem superior à geral devido à coleta ter sido feita um dia após a desmontagem da bandeja de proteção.
Estão apresentados na figura 2 resultados sobre a quantidade de contaminantes por amostra. Ressalta-se a informação de que apenas 7% das amostras não possuíam contaminantes, o que mostra a necessidade de estudos sobre a criação de novos métodos de destino e a necessidade de estimulá-los, principalmente após ficar evidente que a destinação comum, a queima, não poderia ser utilizada em grande parte dos resíduos.
Na figura 3, estão apresentadas as incidências de cada contaminante analisado para os dados coletados. Para essa porcentagem, foram consideradas apenas amostras com pelo menos um contaminante, excluindo-se então a opção de nenhuma contaminação. Vale lembrar que um mesmo resíduo pode ter incidência de mais de um contaminante e a porcentagem individual é em relação ao número de contaminações encontradas, sendo que o total de contaminações registradas foi de 456, nas 246 amostras.
Nota-se que argamassa e pinos metálicos juntos são responsáveis por mais da metade das contaminações. Seria ideal a remoção desses contaminantes antes da destinação final. Mesmo em olarias, destinação usual, os pinos metálicos se apresentam como um empecilho, pois, previamente à queima, a madeira passa muitas vezes por um processo de trituração e os pinos metálicos podem eventualmente danificar os equipamentos.
Outro ponto que se soma à questão é que 18% dos resíduos analisados apresentaram desmoldantes, vernizes ou tintas. Alguns desses produtos encontrados no mercado apresentam substâncias tóxicas à inalação (respaldadas por suas Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos - FISPQs), o que deveria trazer maiores preocupações quanto à destinação final, especialmente no que concerne à sua queima. Essas informações reforçam a tese de que o controle para descarte dos resíduos contaminados com desmoldantes deveria ser mais rígido.
Um fato relacionado às olarias que deve ser ressaltado é que algumas destas ainda não possuem tratamento ou filtros para controle da poluição do ar ou riscos ocupacionais associados, o que pode acarretar danos ao meio ambiente e ao trabalhador. Regulamentos e normas deveriam ser estabelecidos no sentido de disciplinar a matéria.

Figura 3 - Incidência dos contaminantes nas amostras
Outro problema que deveria ser corrigido é em relação à reutilização de paletes. Entre as seis obras pesquisadas, apenas uma afirmou a devolução de paletes em bom estado de conservação para posterior reutilização. As demais os descartavam.
Outro fator verificado foi que em quatro das seis obras visitadas não havia um engenheiro responsável ou um profissional qualificado para atuar no gerenciamento de resíduos, sendo essa responsabilidade repassada ao estagiário de engenharia, entre suas diversas funções. Após análise de todos os fatores envolvidos, conclui-se que há urgência na criação de regulamentações mais rígidas para descartes de resíduos de madeira em obras.
Conclusão
O cenário encontrado nas obras utilizadas para a análise foi similar. Os contaminantes mais encontrados nos resíduos foram argamassa e pinos metálicos, somando 59% das amostras analisadas. Substâncias que podem ser tóxicas ou prejudiciais se inaladas, como tintas e desmoldantes, foram encontradas em 18% das amostras, o que representa um valor significativo. Em cinco das seis obras não há a reutilização de paletes, e em quatro delas não havia profissional qualificado responsável pelo gerenciamento de resíduos.
Aos resíduos de madeira não é dada a importância devida e, na maioria dos casos, até o descarte inicial na obra é feito de maneira dispersa e sem cuidados. Em 100% das obras analisadas a destinação final utilizada para madeira é a olaria, que se revelou inadequada ao meio ambiente e à saúde do trabalhador.
Os órgãos de fiscalização precisam estar atentos a essa questão, buscando verificar a suficiência e eficiência dos equipamentos de controle de poluição de áreas que recebem resíduos de madeira, especialmente aqueles que utilizam tais resíduos para queima.
Para melhoria do quadro, seria necessária mudança de atitude por parte de construtoras e agentes de fiscalização, na adoção de formas diversas de descarte desses resíduos. A verificação periódica do sistema de gerenciamento de resíduos por técnico habilitado mostra-se também urgente. Seriam necessários esforços adicionais na segregação dos resíduos de madeira nos canteiros, com a subclassificação destes segundo seus potenciais destinos finais. Contudo, isso possivelmente oneraria, num primeiro momento, as construtoras, mas certamente acarretaria benefícios ambientais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Análise da Contaminação em Resíduos de Madeira na Construção Civil. Lopes, F. P.; Pereira, P. M.; Hamaya, R. M. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Engenharia da Produção Civil. Universidade Tecnológica Federal do Paraná UTFPR. Curitiba, 2013. 85p.
A Reciclagem de Resíduos de Construção e Demolição no Brasil: 1986-2008. Miranda, L. F. R.; Ângulo, S. C.; Careli, E. D. Ambiente Construído, Porto Alegre, 2009. p.57-71.
Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil. Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais - Abrelpe. São Paulo, 2011. Disponível em: <http://www.abrelpe.org.br/Panorama/ panorama2011.pdf>Acesso em: 16 abr. 2012.


Normas e legislação
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Notícias
Projeto de Lei que previa construção obrigatória de telhados verdes em São Paulo é vetado por Fernando Haddad
Para o prefeito, legislação poderia atingir pedidos relativos a edificações de baixo padrão, mas que não se enquadrem no conceito de Habitações de Interesse Social, onerando sua construção
Luísa Cortés, do Portal PINIweb
15/Fevereiro/2016

Foi vetado pelo prefeito Fernando Haddad no dia 5 de fevereiro o Projeto de Lei (PL) que previa que as novas edificações de três ou mais pavimentos, com exceção das Habitações de Interesse Social (HIS), deveriam ter telhado verde para a sua aprovação. O PL 572 de 2015 foi elaborado pela vereadora Sandra Tadeu (DEM-SP).
O prefeito de São Paulo justificou a sua decisão no Diário Oficial da Cidade de São Paulo, no dia 6 de fevereiro dizendo que o PL poderia "atingir pedidos relativos a edificações de baixo padrão, mas que não se enquadrem no conceito de HIS, ou aquelas que apresentem diminuta área construída, embora tenham três ou mais pavimentos".
Acrescentou ainda que "a implantação da cobertura vegetal implica em alto acréscimo no custo da obra, ante a necessidade de reforço estrutural nas lajes, vigas e pilares para suportar o acúmulo de água da chuva e o peso total da vegetação, incluindo o sistema de drenagem, além do custo periódico de manutenção, que engloba, dentre outras ações, providências relacionadas com as plantas e a checagem periódica da impermeabilização".
Por fim, Haddad disse que "as técnicas e conceitos relacionados com as construções sustentáveis são demasiado recentes, o que gera até mesmo carência de mão-de-obra especializada, melhor se afigura que as questões atinentes à qualificação ambiental dos lotes sejam tratadas pelo viés do incentivo e, sobremais, com flexibilidade para a escolha do mecanismo a ser adotado de acordo com o respectivo projeto arquitetônico e à vista dos diversos padrões construtivos consolidado".

Fonte: revista téchne


Realidade do mercado imobiliário no ano passado voltou a patamares de 11 anos atrás na capital paulista
Segundo dados do Secovi-SP, o número de lançamentos e de vendas atingiu picos entre 2007 e 2011
Por Andrea Bueno 11/03/2016 22:40:52
Os números de vendas e lançamentos de imóveis em 2015 mostra que o mercado voltou aos patamares registrados em 2004, segundo informações do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP). Os melhores anos para o setor foram entre 2007 e 2011.
Em 2004, os lançamentos na capital paulista foram de 22.550 contra os 21.445, no ano passado. Em 2007, melhor ano do período de 11 anos, foram 38.990. Em 2014 o número de novos imóveis no mercado ainda se manteve bom, com 33.955. A queda significativa foi registrada em 2015, quando esse número foi de 21.445, representando queda de 37%.
Essa realidade é bastante parecida em relação às vendas, que em 2004 foram de 20.183 contra 20.148 no ano passado. O maior número do período foi registrado em 207, quando foram vendidas 36.615 unidades na capital paulista. A média de vendas se manteve perto ou pouco superior às 30 mil entre 2006 e 2013 (33.319), tendo uma queda significativa em 2014 (21.576), caindo mais em 2015 (20.148). A retração dos últimos dois anos foi de 6,6%.
A piora da situação econômica e a baixa confiança tiveram impactos negativos tanto entre os empresários quanto entre os consumidores. Além disso, o esgotamento dos recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) para financiamento imobiliário também contribuiu para a queda significativa nas vendas e lançamentos de imóveis.
Na avaliação do Secovi-SP, as vendas só não foram piores porque a habitação é uma necessidade e a aquisição de um imóvel faz parte das prioridades da maioria das famílias. Mesmo diante de um cenário pessimista, com queda de 7% nas vendas, foram comercializadas em torno 1.7000 unidades ao mês, durante o ano passado, só na capital paulista.
O setor se mantém pessimista em relação a 2016, devido à crise na política e na economia. A expectativa do Secovi-SP é de que esse ano termine com os números bastante próximos aos de 2015.
Veja os detalhes do levantamento do Secovi-SP: